quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Autodesk lança seu programa de PLM popular

Software de projeto e manufatura migra para a nuvem

Pedro Kutney, AB
De Las Vegas, EUA

Um dos mais poderosos instrumentos de projeto e manufatura de produtos da atualidade, os programas de PLM (gestão de ciclo de vida de produto, na sigla em inglês), começa a ficar mais popular. A Autodek, bastante conhecida na comunidade de engenharia pelo seu software de design AutoCAD, anunciou nesta terça-feira, 29, o lançamento de sua solução de PLM, batizada Autodesk 360 Nexus, que a partir do começo de 2012 promete desafiar os maiores participantes desse mercado – principalmente Siemens PLM e Dassault Systémes – com preços significativamente menores.


“Nosso conceito de PLM será um claro contraste com décadas de tecnologia velha no mercado hoje”, disse em tom desafiador Robert Kross, vice-presidente sênior da divisão de manufatura industrial da Autodesk. “Nosso programa permitirá a clientes de todos os tamanhos o uso de PLM de forma acessível, configurável e intuitiva”, prometeu o executivo. Com isso, a Autodesk quer um pedaço de um mercado que globalmente gira bilhões de dólares por ano e deve crescer mais US$ 20,5 bilhões até 2015, segundo estimativa da empresa de pesquisa global IDC.

O anúncio da aposta em PLM da Autodesk foi feito no local mais apropriado do mundo para apostas: Las Vegas, a cidade do jogo nos Estados Unidos, onde dez entre dez empresas do setor de software fazem seus principais eventos anuais – inclusive os agora concorrentes. O Autodesk University 2011, que abriu suas portas nesta terça-feira, deve receber 8 mil pessoas de mais de 80 países até a próxima quinta-feira, 1º. Eles vão assistir a quase 900 palestras, seminários, apresentações e cursos sobre programas da Autodesk.

Carl Bass, CEO da Autodesk, lembrou que no mesmo evento do ano passado tinha dito que não pretendia entrar no mercado de PLM, e chegou a entoar o que chamou na época de “rap anti-PLM”. “Fiz isso porque na época não tínhamos equipes e recursos dedicados a esse segmento. Hoje nós temos”, admitiu.

E a Autodesk quer fazer barulho com suas soluções para PLM. Executivos da empresa são categóricos em afirmar que, ao contrário dos programas caros, complicados, centrados em engenharia e difíceis de implantar, o 360 Nexus será mais barato e rápido de implantar e configurar, de acordo com as necessidades de cada cliente, envolvendo funcionários de todos os níveis dos departamentos de planejamento, desenvolvimento, gestão de suprimentos, qualidade, auditoria e serviços, com a promessa de eliminação de gargalos em todas as etapas de desenvolvimento e manufatura de produtos.

O cenário do uso de programas de PLM tem sido dominado por grandes corporações, incluindo todas as empresas do setor automotivo, devido ao alto custo de desenvolvimento e manutenção desses sistemas complexos de tecnologia da informação. “Propomos com nossa solução que nenhuma empresa seja excluída dos benefícios da tecnologia PLM”, destacou Kross. A estratégia é oferecer diversos níveis de uso do PLM, em escala crescente, com possibilidade de adesão a configurações mais complexas conforme aumenta a demanda dos clientes.

PLM nas nuvens

A ferramenta utilizada pela Autodesk para popularizar sua oferta de PLM é a chamada “computação na nuvem”, em que os arquivos ficam em arquivos externos e podem ser acessados de qualquer lugar, por qualquer pessoa e com qualquer tipo de hardware, de um potente servidor até um simples smartphone. A ideia é agilizar o processo de desenvolvimento com a colaboração de funcionários e fornecedores que podem estar virtualmente em qualquer lugar do mundo.

Para isso, o 360 Nexus vai conversar com outros programas já existentes da Autodesk que permitem a guarda, atualização e troca desses arquivos no ambiente da nuvem. A empresa garante que será possível resguardar a segurança desses arquivos de forma até mais apurada do que dentro das próprias empresas, pois os fornecedores dessa solução de arquivamento e compartilhamento têm equipes completamente dedicadas a essa questão, com criação de backups e codificação, o que nem sempre é o foco principal da maioria das corporações.

Um levantamento da IDC, divulgado em junho passado, revelou que os fabricantes de diversos produtos que já usam a “nuvem computacional” identificaram três principais benefícios nesse processo: redução de gastos com computadores, diminuição de compras de programas e melhoria da produtividade das equipes de TI

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/12392/Autodesk

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